A primeira vez que ouvi a frase que intitula este texto estava recém formada, não tinha filhos e achei o sentimento mais normal do mundo. Afinal, como psicóloga, havia trabalhado com muitas crianças e enquanto filha de meus pais, tive um irmão e lembrava-me de tê-lo odiado alguma vez na minha vida. Porém, o olhar dos pais da criança que proferiu esta frase, na ocasião, chamou muito a minha atenção. Eles me pediam algum tipo de ajuda, tentando não fazer alarde.
Há pouco tempo presenciei cena semelhante em minha própria família. Porém, desta vez, não era a psicóloga que estava ali para atender uma mãe aflita e sim, a própria mãe da criança que experimentava o mesmo sentimento do outro menininho! Não sei se vocês já passaram pela mesma experiência e o que sentiram, mas é algo, no mínimo, desconfortável. Para alguns adultos pode chegar a ser inadmissível ou errado ou até mesmo preocupante. Ou melhor, cada pessoa sentirá alguma coisa em relação a esta frase, quando ouvida de seu próprio filho. E acredito que ninguém sairá desta experiência como entrou!
Sentir raiva, ódio ou qualquer outro sentimento considerado por alguns, negativo, é lícito! Faz parte do ser humano sentir. E não escolhemos nossos sentimentos pelas pessoas que encontramos na vida. Além disso, uma família é composta por pessoas que não escolhemos para nossa convivência. Nascemos já fazendo parte dela e vamos aprendendo a conviver com seus membros e a gostar deles até compreendermos o grande valor que a família tem para nós.
Em relação ao relacionamento entre irmãos, também é um aprendizado constante. Dividir o espaço o tempo todo, conviver com os logros do outro, compartilhar o amor dos pais (coisa tão ameaçadora nos primeiros anos de vida!) custa um pouco de trabalho e esforço quando se trata de uma criança.
A convivência fraterna não dá descanso. É nosso primeiro aprendizado em relação à vida social. O irmão muitas vezes é um adversário. Outras, o melhor amigo!
É importante que cada indivíduo possa expressar o que sente em relação ao outro sem repressões, mesmo que este outro seja seu irmão. Odiar o irmão em alguma fase da vida não significa que nunca poderá ter um bom relacionamento com o mesmo. Apenas diz respeito a uma incapacidade de lidar satisfatoriamente com o turbilhão de sentimentos e as inúmeras situações em que uma pessoa, que tem a mesma mãe que você, está envolvida. A ameaça de perder o amor de nossa mãe talvez seja o maior desafio a ser enfrentado quando somos crianças!
E o que nós, pais, podemos fazer por nossos filhos em uma situação como esta? Acolhê-los! Aceitar o que sentem, não ficar preocupados em resolver o “problema”, deixar que a criança se expresse. Lembrar que a convivência com os pares é uma das melhores situações na vida das pessoas. Ser respeitado em seus sentimentos ajuda a aprender a respeitar o que outras pessoas sentem.
E para finalizar, contarei o que minha filha disse-me depois de ter passado sua longa fase de odiar a irmã: “na verdade, mamãe, eu amo ela! Ficava falando aquelas coisas quando sentia raiva.” Eu acredito na minha filha!
Dri
Ola tenho 10 anos e não aguento meu irmão que tem 5 anos
ResponderExcluirAchei tudo que queria aqui pois e um site completo obg por ter me ajudado
Ah e meu nome e ruti
ResponderExcluiroi. tenho 30 e meu irmão tem 28. definitivamente sinto um desprezo enorme por ele, e ele me odeia pq eu odeio ele. não escondo, ao contrario, deixo bem claro q a unica coisa que quero dele é distância.não lhe desejo mal, muito menos se passa pela minha cabeça fazer algo pra lhe prejudicar, o mesmo não acontece com ele que tenta me difamar a todo custo, pelas costa. acho ele um covarde nariz empinado. e pra fechar arranjou uma mulher pior que ele. patricinha futil superficial. é isso q ele é tb, superficial.
ResponderExcluir