quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
Eu odeio meu irmão
A primeira vez que ouvi a frase que intitula este texto estava recém formada, não tinha filhos e achei o sentimento mais normal do mundo. Afinal, como psicóloga, havia trabalhado com muitas crianças e enquanto filha de meus pais, tive um irmão e lembrava-me de tê-lo odiado alguma vez na minha vida. Porém, o olhar dos pais da criança que proferiu esta frase, na ocasião, chamou muito a minha atenção. Eles me pediam algum tipo de ajuda, tentando não fazer alarde.
Há pouco tempo presenciei cena semelhante em minha própria família. Porém, desta vez, não era a psicóloga que estava ali para atender uma mãe aflita e sim, a própria mãe da criança que experimentava o mesmo sentimento do outro menininho! Não sei se vocês já passaram pela mesma experiência e o que sentiram, mas é algo, no mínimo, desconfortável. Para alguns adultos pode chegar a ser inadmissível ou errado ou até mesmo preocupante. Ou melhor, cada pessoa sentirá alguma coisa em relação a esta frase, quando ouvida de seu próprio filho. E acredito que ninguém sairá desta experiência como entrou!
Sentir raiva, ódio ou qualquer outro sentimento considerado por alguns, negativo, é lícito! Faz parte do ser humano sentir. E não escolhemos nossos sentimentos pelas pessoas que encontramos na vida. Além disso, uma família é composta por pessoas que não escolhemos para nossa convivência. Nascemos já fazendo parte dela e vamos aprendendo a conviver com seus membros e a gostar deles até compreendermos o grande valor que a família tem para nós.
Em relação ao relacionamento entre irmãos, também é um aprendizado constante. Dividir o espaço o tempo todo, conviver com os logros do outro, compartilhar o amor dos pais (coisa tão ameaçadora nos primeiros anos de vida!) custa um pouco de trabalho e esforço quando se trata de uma criança.
A convivência fraterna não dá descanso. É nosso primeiro aprendizado em relação à vida social. O irmão muitas vezes é um adversário. Outras, o melhor amigo!
É importante que cada indivíduo possa expressar o que sente em relação ao outro sem repressões, mesmo que este outro seja seu irmão. Odiar o irmão em alguma fase da vida não significa que nunca poderá ter um bom relacionamento com o mesmo. Apenas diz respeito a uma incapacidade de lidar satisfatoriamente com o turbilhão de sentimentos e as inúmeras situações em que uma pessoa, que tem a mesma mãe que você, está envolvida. A ameaça de perder o amor de nossa mãe talvez seja o maior desafio a ser enfrentado quando somos crianças!
E o que nós, pais, podemos fazer por nossos filhos em uma situação como esta? Acolhê-los! Aceitar o que sentem, não ficar preocupados em resolver o “problema”, deixar que a criança se expresse. Lembrar que a convivência com os pares é uma das melhores situações na vida das pessoas. Ser respeitado em seus sentimentos ajuda a aprender a respeitar o que outras pessoas sentem.
E para finalizar, contarei o que minha filha disse-me depois de ter passado sua longa fase de odiar a irmã: “na verdade, mamãe, eu amo ela! Ficava falando aquelas coisas quando sentia raiva.” Eu acredito na minha filha!
Dri
sexta-feira, 9 de março de 2012
Poesia
Hoje li uma matéria sobre
um Sarau de Poesia que acontece em BH semanalmente. Achei a idéia fantástica e
quis estar em Belo Horizonte naquele momento!
Não sou poeta, nunca fui, mas quando era adolescente lia e brincava de escrever poesias. Tenho meu caderninho de poemas até hoje e continuo gostando dele. Não por sua qualidade literária, mas pelo fato de lembrar de sentimentos juvenis e alguns momentos vividos expressos através desta linguagem.
A poesia pode nos fazer
viajar, levitar, rir e chorar. Ela é capaz de tocar lá no fundo do nosso
coração, a ponto de não encontrarmos palavras que possam expressar com exatidão
os sentimentos que experimentamos ao lê-la. Ela pode ser simples ou complexa,
profunda, indecifrável ou leve e direta. Ela pode trazer-nos cheiros, cores,
sensações, sentimentos, lembranças, assim como idéias novas, ou mesmo inspirar-nos
em um novo projeto.
A poesia pode ser uma porta para a introspecção, para a expansão, para o relaxamento e para muitos lugares e estados de espírito!
Pessoas habituadas a ler
poesias podem aproximar-se mais do que
sentem. Têm mais recurso para se expressar. E como é bom nos expressarmos bem!
Outra boa lembrança que
trago dos meus tempos de “poeta”, divididos com uma grande e querida amiga, refere-se aos
momentos em que compartilhávamos nossos poemas. Podíamos passar muitas horas do
dia lendo uma para a outra o que havíamos escrito, trocando confidências,
aprendendo sobre o que vivíamos e sentíamos. Naquela época não existia internet
e não trocávamos links, mas sim livros de poetas que nos inspiravam ou que
havíamos descoberto. São lembranças deliciosas que trago da minha juventude e
que, sempre que posso, gosto de compartilhá-las com outras pessoas.
Para quem se interessar e quiser se inspirar, o sarau Sementes de Poesia acontece sempre no terceiro domingo do mês, das 10h às 12h, na Praça dos Fundadores, dentro do Parque Municipal. Há também outro sarau organizado pelo músico e poeta Kdu dos Anjos, que é quinzenal e para saber o próximo endereço é preciso acompanhar o blog ou o Facebook do projeto.
Dri
terça-feira, 6 de março de 2012
Em prol da boa convivência social
Escrevendo o último texto Não é não lembrei-me que, antes de tudo,
precisamos ser um bom exemplo para nossos educandos, ou seja, precisamos ser
coerentes com o que dizemos a eles e lembrar-nos de que observam nossos atos 24
horas por dia. Então, mais descontraidamente, começarei abaixo uma lista com
algumas atitudes indispensáveis à boa convivência social, outras referentes à
gentileza, mas que também dizem respeito à compreensão de limites. Porém, desta
vez, referente à conduta de adultos, que são os maiores exemplos para as
crianças.
Vocês podem terminar de
completar a lista e quando ela estiver bem consistente podemos com partilhá-la
com todos os nossos contatos!
Aí vai:
- Não parar o carro em fila dupla,
- Não fechar os cruzamentos no trânsito, mesmo quando se está com pressa,
- Cumprimentar as pessoas quando se chega em algum lugar, mesmo que não as conheçamos,
- Dizer “saúde” quando alguém perto de você espirra (esta aprendi aqui no México e acho super gentil!),
- Não utilizar o espaço reservado para os artistas em uma apresentação,
- Desligar o telefone celular nos cinemas, sala de aula, palestras, reuniões, shows e apresentações em geral,
- Ser educado ao fotografar uma criança nas apresentações escolares, tendo o cuidado de não atrapalhar os demais espectadores,
- Não demorar mais de 10, 15 minutos com o carro estacionado no “embarque e desembarque” da porta da escola,
- Direcionar as queixas que possa ter às pessoas que realmente possam fazer alguma coisa por você, no lugar de disseminar discórdia e fofoca,
- Pedir desculpas quando comete erros ou indelicadezas,
- Agradecer,
- Cooperar com o grupo no qual está inserido,
- Jogar o lixo na lixeira,
- Preferir, sempre, retornáveis a descartáveis,
- Ensinar às crianças a diferença entre participação e intromissão,
- Ensinar às crianças que o instrumento musical de um artista é seu instrumento de trabalho e, assim como tantas outras coisas que pertencem às outras pessoas, para tocá-lo é preciso pedir permissão ao dono.
- ... (ajude a completar a lista com suas sugestões)
Dri
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