E para não perder o costume de falar sobre o consumismo, que tal uma reflexão
sobre o dia das mães?
Que este dia foi uma invenção do comércio, todo mundo sabe! Que caímos na
tentação de presentear, com coisas materiais de bom gosto, bonitas, de boa
qualidade também é sabido. Mas não seria esta uma inversão de valores?
Quando vamos às compras, em busca do melhor presente para esta data
comemorativa estamos realmente buscando o quê? E nós, mães, o que esperamos ganhar de nossos filhos e maridos?
Como será que a criança gostaria e poderia expressar seu amor pela mãe que tem não fosse a necessidade de responder à pergunta mais recorrente desta data: “o que você vai dar para sua mãe no dia das mães?”
A criança, em sua sabedoria e simplicidade, tenho certeza de que se lembraria de um programa gostoso que fez em família e poderia sugeri-lo; talvez fizesse um desenho, desse um beijo gostoso e um abraço bem apertado e quisesse aproveitar, por um tempo maior, o cheirinho e o calor de sua mãe, só porque dissemos a ela que aquele era o dia das mães! Ou quem sabe poderia sugerir sua brincadeira preferida, acreditando que agradaria à mãe em oferecer a ela algo que lhe dá (à criança) tanto prazer?
Qual é o melhor presente que gostaríamos de ganhar neste dia que nos
homenageia? Um abraço? O reconhecimento pelos nossos esforços infindáveis de exercer, da melhor forma, nossa função? Uma roupa que não tivemos coragem de comprar? Um sapo especial? Um tratamento estético ou de beleza, pois afinal, mães também merecem continuar sendo mulheres bonitas e desejáveis?
Qual presente aquece nosso coração, alimenta a alma e nos faz realmente
felizes? Qual o presente poderia homenagear esta parte de nós, mulheres, que
diz respeito à maternidade? Do que realmente precisamos e o que estamos
procurando?
Todos dizem que mãe ama incondicionalmente. Dizem também que no coração de mãe cabem todos os filhos; que a coisa mais importante no mundo para uma mãe é seu filho; que mãe é mãe (não importa o que isto signifique!). Escuto com freqüência, quando um filho passa por um problema grave, pessoas dizendo: “coitada da mãe dele!”
Afinal, o que definiria a mãe atual? Como ela poderia ser homenageada? Será que podemos defini-la a partir daquilo que sua família pensou para ela? Está embutido no presente dado, dentre outras coisas, o modo como os filhos enxergam suas mães?
São apenas perguntas... pode-se perder tempo refletindo sobre elas ou não! E
para colocar um pouquinho do cheiro do quintal do CLIC neste próximo domingo, que tal comemorar o dia das mãe com um pic nic; um café da manhã surpresa, preparado por pais e filhos para despertar a mamãe; brincadeiras gostosas em família; banho de mangueira também em família; pintar a mãe em uma tela grande e colocar na parede da sala de surpresa! Idéias não consumistas, que priorizam o afeto, não faltam! E as crianças podem contribuir muito com isto!
Feliz dia das mães!
Adriana Di Mambro
Olá pessoal!!! Estive c meu filho nos festivais de brincadeira de rua, mas desde que saí do Facebook nao tenho mais notícias dos eventos do Clic. Como faço o estar sempre informada? Obrigada!
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